quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Votar ou não votar, eis a questão." II

Uma prova óbvia de certas afirmações que fiz no meu post anterior, foi a percentagem de abstenção das eleições legislativas que se realizaram. Pode-se dizer, assim muito de fininho, que esta foi cerca de 39,4%, o que faz a abstenção a vencedora destas eleições. Era giro ver o pessoal a viver num país anárquico. Se calhar, não iam descartar assim tanto o direito ao voto.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Votar ou não votar, eis a questão."

Acho uma piada descomunal ao pessoal que rejeita por completo o seu direito ao voto. Oiço muitos afirmar que não ligam nada a essas coisas, que não aceitam inserir um assunto tão aborrecido como a política nas suas vidas, que acham que todos os políticos são uns imbecis, entre tantas outras justificações (que, a meu ver, são absurdas), que fico a pensar que realmente a maioria dos portugueses é muito pouco dada a pensar no futuro do país. Não parecem ter noção de que a política afecta, quer queiram quer não, não só o nosso dia-a-dia, como o dia-a-dia de todos os cidadãos nacionais, o que lhe confere uma elevada importância. A abstenção, na minha óptica de cidadã recém recenseada, mostra simplesmente o quão pouco interessados os portugueses são no que toca aos assuntos verdadeiramente marcantes. Prova apenas o quão conformista o povo português consegue ser. É uma verdade que as escolas também não ajudam no incentivo a usufruir do direito de voto, dado que antigamente existiam disciplinas somente com o propósito de explicar aos alunos como funcionam as eleições, a ideia geral do que é um partido, entre muitos outros tópicos que elucidavam a juventude portuguesa em relação à política, e que essas disciplinas estão hoje obsoletas, mas os portugueses deviam, de qualquer das formas, procurar informar-se e até incluir como um hábito nas suas vidas o mínimo conhecimento político, de modo a criar uma capacidade, mesmo que ínfima, de saber como escolher no que votar e no que acreditar. Não me venham dizer que a informação sobre este assunto e sobre os partidos principais das eleições que se aproximam é pouca e de difícil acesso, porque isso é desculpa de preguiçoso. Não custa assim tanto investigar e a maior parte até acaba por ganhar um certo gosto à coisa. Depois disto há três opções muito simples, sendo que uma delas considero completamente inaceitável: 1) Votar no partido no qual acreditamos; 2) Votar branco ou nulo, mostrando desagrado mas interesse; 3) contribuir para a percentagem de abstinência e mostrar que preferiu ficar em casa a ver os filmes infantis da TVI no dia das eleições (ora aqui está a opção completamente inaceitável). Não vejo qualquer dificuldade em demorar 30 minutos para ir fazer uma coisa tão simples como preencher um papelinho. Se não querem informar-se acerca do assunto, pelo menos votem branco ou nulo e finjam que se interessam mas que estão desagradados, ou qualquer coisa que se pareça, mas não mostrem com tanta clareza a vossa falta de aproveitamento da vossa cidadania. Isto tudo para dizer, só e apenas, que discordo com totalidade das pessoas que seguem esse modo de pensar profundamente conformista e que, no próximo Domingo, estarei preparada para dar o meu contributo na evolução do país. Talvez um dia haja mais jovens (como eu e uns poucos que conheço) que dêem algum valor ao direito ao voto. É, na verdade, uns dos poucos direitos que ainda temos e que pode mudar o amanhã.