quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

No Way Jose

As decisões que tomas sozinha, é para encarares sozinha. Se decides por ti, sem falar com ninguém, sem ouvir ninguém, aquilo que vai afectar outras pessoas, então acarreta as consequências dessas mesmas decisões da mesma forma que as tomaste. Contigo mesma. Se alguém for compreensivo e altruísta o suficiente para te ajudar, apesar de sair prejudicado com os teus erros, agradece. Não julgues, não exijas, não chantageies, porque as pessoas têm obrigação de te ajudar com os teus problemas, quando são comuns a elas e quando são resultado dos seus actos. A partir do momento em que fazes tudo por ti, a responsabilidade é toda tua. Se queres que os outros sofram contigo, decide com eles e não por eles. Devias ser tu a dizer-me isto ao longo da vida e não contrário. Fui mãe adolescente e não sei.




Às vezes a minha vida tem situações dignas de um episódio da Anatomia de Grey... lol

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Easy way out

Fugir é muito mais fácil que olhar de frente. Torna-se irónico que eu constate este facto, porquanto não há maior exemplo de fuga às responsabilidades do que eu mesma, há tempos atrás. Desde inventar desculpas a dizer uma verdade que pode magoar outrém, desde desaparecer do nada a dizer o que há para dizer que pode, igualmente, magoar outrém, a inventar motivos para nos chatearmos com alguém a olhar para os nossos próprios erros para com essa pessoa, que nos pode magoar a nós mesmos. Há infinitas opções de escolha para fugir ao encarar a realidade. No final do dia, todas as pessoas se sentem bem com a sua consciência e consigo mesmo, não encarando a realidade. É menos complicado para nós e para os outros e as consequências são na maioria das vezes menos más para nós e para os outros. Principalmente para nós, que optamos pelo confortável, pela mentira, pelo desvio, pelo contornar de situações que podem muito facilmente sair-nos pela culatra. Fugir, como diz o slogan do Totoloto, é fácil, é barato e dá milhões. Em tempos ensinaram-me uma palavra... Facilitismo. A palavra facilitismo resume tudo aquilo que estou aqui a pôr por palavras. Consiste, muito basicamente, na constante escolha por parte de todas as pessoas pelo mais fácil. Por outras palavras, no constante evitar das dificuldades. Mal sabia eu, na altura, que as mesmas pessoas que me ensinaram esse conceito eram igualmente utilizadoras desse modo de vida. No fundo, todos o somos. As únicas diferenças entre uns e outros, é que uns se apercebem disso e tentam contrariá-lo, outros apercebem-se disso e mantêm-se na mesma por preguiça e outros nem se apercebem de todo. Eu dei-me ao luxo de sugar todo o sumo do facilitismo, até à última gota que consegui extrair, fugindo sempre a tudo o que me competia enquanto amiga, enquanto namorada, enquanto filha, enquanto estudante, enquanto trabalhadora... Enquanto pessoa. Até que deixei de o fazer. Se os meus dias se tornaram um algo mais amargos?, tornaram de facto, mas eu tornei-me mais doce. Mais consciente de mim e do ambiente que me rodeia. Mais o que sou hoje e mais perto do que serei um dia. Meu conselho para todos vós, que leiam isto, é que pensem sobre o assunto. Pensem sobre o fugir ao difícil, fugir a vocês mesmos e à vossa realidade. Depois experimentar encará-la e ser sinceros e honestos para convosco e para com os outros. Atenção, pode trazer-vos prejuízo! No entanto, a longo prazo, garanto-vos que se vão agradecer a vocês mesmos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

As razões para sorrir, és tu quem as cria.

Viver é difícil, reza o conhecimento empírico de, atrevo-me a dizer, 98% da população humana. No entanto, é difícil porque vos apresenta adversidade atrás de adversidade, obrigando-vos a contornar e saltar barreiras, voltar atrás nos percursos para seguir um caminho diferente, entre tantos outros, à vossa visão, impedimentos, ou porque se habituaram tanto a ouvir dizer que ela o é por todas as outras pessoas que, com o seu próprio viver, já o concluíram? Porque tanto essas pessoas o disseram, que a dificuldade da vida se tornou um dado adquirido, um facto irrefutável? Provavelmente ambas as opções.

Estando a excluir-me do meu próprio discurso, não posso, contudo, deixar de afirmar que eu mesma já pensei, e penso ainda em certas ocasiões, exactamente da mesma forma. A verdade é que, após largas horas de pensar vago, dou por mim a concluir que a dificuldade da vida não é tão literal assim e, acima de tudo, tão certa assim. Acaba por depender da perspectiva de cada um, é certo, mas considero, humildade à parte, a minha perspectiva a mais correcta, mais benéfica e, principalmente, a mais realista. É de esperar, por todas as pessoas que a acham, de facto, difícil, que eu afirmar que a minha perspectiva é realista, é afirmar que a vida é realmente difícil, pois para essas mesmas pessoas, ser realista é aceitar que o é. Pode dar aso a algumas confusões, mas é bastante simples quando posto da seguinte forma: A vida é difícil a partir do momento em que é percorrida com a ideia de que o é. No final das contas, tudo se vai resumir a algo bastante básico: Expectativas. Seria uma dedução fácil aquela em que se concluísse que, à partida, alguém que encara a vida como difícil, vai encarar com a maior da leveza quando esta mostra facilidade, porquanto estava à espera de dificuldade. No entanto, não é isso que vejo acontecer. Porquê? Porque, pura e simplesmente, essas pessoas esperam o difícil e não aceitam que nada não o seja, visto que se aceitassem teriam que aceitar que a vida nem sempre é difícil... Mas isso seria contrariar um facto irrefutável. Tudo se rege por expectativas. O primeiro truque, reza o meu conhecimento empírico, é não expectar nada. Se não esperarmos nada, a probabilidade de uma surpresa negativa diminui, dado que nada esperávamos. Ou seja, qualquer coisa que recebamos vai ser uma novidade que pode apresentar maior ou menor necessidade de empenho, dedicação e vontade. Vamos pegar nestes três substantivos (e aqui é que é capaz de baralhar as coisas) e chamar-lhes um só: dificuldade. Aqui entra o segundo truque, que está directamente relacionado com o que disse anteriormente. As pessoas chamam dificuldade, na verdade, à necessidade de fazer esforço. O segundo truque é exactamente encarar a dificuldade, não como a necessidade de esforço, mas sim a necessidade de maior empenho, dedicação e vontade. Quando se aprende a encarar a dificuldade da vida dessa forma, torna-se muito mais fácil, não só receber as surpresas que a vida tem para nós, mas também encará-las. Porque, a partir do momento em que os dois truques que referi são postos em prática, os "impedimentos" da vida deixam de o ser, simplesmente porque deixam de ser entraves, mas passam a ser surpresas que podem exigir mais empenho, vontade e dedicação para ser assimiladas, passam a ser novas épocas que podem trazer ter maior ou menor dificuldade. Pode parecer total e completamente confuso mas, no final do dia, pensando sobre o assunto, acaba por fazer sentido.

Tudo isto se deveu ao simples facto de querer justificar o nome que dei a esta publicação, que consegue resumir para 9 palavras o texto que escrevi.

sábado, 13 de novembro de 2010

To you, my dearest

I've walked through dangers,
I've talked to strangers, but they didn't understand
And when the world seems senseless
It's me and you against them
And I love you because you know who I am

All you dreamers keep dreaming
And let those dreams rise into the light
Go find someone who loves you,
to live those dreams through
Don't you go and get swallowed by the night

I've walked the stages
I've read the pages and never,
I've never reached the end
All the world seems senseless
You're here with me against them
And I love you because you know who I am

Deep inside every soul
There's a sadness on the verge of climbing through
Now don't you try and fix it, why would you do that?
How beautiful when sadness turns to songs

And I'll walk through dangers
I'll dance with strangers, but they'll never understand
We'll never be defenseless
We'll win this war against them
Don't you doubt this, yeah I'm sure we can
And who cares if they don't ever understand
And I love you because you know who I am

Contra tudo e contra todos. Não nos ficámos pelo reviver, conseguimos ultrapassar... Conseguimos sobreviver. Não só preenches a metade de mim que faltava, como me acrescentas. Como me fazes querer ser 100 em vez de 60. Por ti e graças a ti. Porque sabes quem sou...

♥Amo-te com todo o orgulho.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Outono (Poema escrito em 2004, no meu 8ºano..)

Encontrei perdido por entre folhas antigas e decidi postar, só pela graça.

O Outono brilha com cores:
O castanho, o vermelho, o amarelo!
Atraí paixões e amores,
Torna o ano mais belo.

Sem o Outono,
O ano era diferente...
Já nao havia uma suave transicção
Entre o Inverno e o Verão.

O frio arranca o calor ao Mundo.
"O calor nao pode ser eterno!"
Diz o glorioso Inverno.

O Outono impede discussões
Entre o Inverno e o Verão
Faz com calma as transformações,
Sem que o Verão se aperceba.
Faz as folhas secas escorregar pelo ar,
Até tocarem no chão
E ali ficarem até alguém as retirar.

O Outono é o melhor amigo da Primavera,
Ambos impedem que o Inverno e o Verão
Se peguem ao chapadão!
Se nao houvesse Outono e Primavera,
Já viram a confusão que era?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sem título XIII

"Depois da tempestade, vem a bonança", é o que apregoa o ditado popular. Gostava de poder conhecer a personagem que, na sua época e na sua realidade, começou por proferir tal conjunto de palavras. Gostava de poder perguntar-lhe, já que dita pessoa teve a capacidade de criar esta frase tão de esperança, quão depois do desastre vem a calma. Certamente que, para sentir que o bem acaba por seguir o mal, teve que passar por uma ou variadas situações que o provassem, nem que seja para conseguir transformar uma frase provavelmente tão randomizada num ditado popularíssimo, tão espalhado por bocas alheias. Para o ter dito dessa forma tão espantosamente cheia de positivismo, tão ouvida e tão decorada, há-de ter acreditado verdadeiramente que é um facto e não só um aconchego. Queria conhecer essa mítica pessoa, só para lhe perguntar ao certo quando vem essa mencionada bonança. Seria muito mais fácil a espera sabendo que vem sem sombra de dúvida. Quanto maior a espera, maior o tempo para raciocinar, maior o tempo para questionar, maior o tempo para duvidar. Facto é que a esperança provêm de querermos algo ao ponto de acreditar, após tudo o que é material e imaterial nos dizer o contrário, que vai acontecer. Esperança é, como a própria palavra dá a entender, esperar (e contentarmo-nos com a espera). Esperança é o que oferece esse mesmo ditado, fazendo acreditar que há-de chegar o que tanto esperamos. Mas que autoridade teve essa pessoa para criar tal regra divina? Que autoridade teve essa pessoa para aumentar esperanças que, na maioria dos casos, não passam disso mesmo? Esperanças. Esperanças e não realidades. A esperança não necessita de fundamento, mas faz muito mais sentido quando o tem. Infelizmente, provêm do nosso querer imenso, e o querer nem sempre tem fundamento. Pior de tudo é que, mesmo quando o tem, nem sempre é realizável. Mas nós continuamos, esperançados! Porque depois da tempestade vem a bonança. Virá? É que a espera já se torna longa... E esperar sem saber quando chega é algo mais agonizante do que saber quando vem. Oferece tempo para pensar. E eu cada vez mais penso, "será que a bonança chega mesmo?""

sábado, 10 de abril de 2010

Ter-te Comigo

Ter-te ao meu lado torna-me invencível. Torna-me a mais forte, a mais corajosa, a mais decidida, a mais lutadora, a mais completa personagem da fábula que é o mundo. Torna-me tudo o que há de bom e, acima de tudo, torna-me capaz de ser melhor que isso. Torna tudo alcançável. Torna tudo o que é difícil em tudo o que é fácil, o intocável no tocável, a fantasia, realidade. Torna a minha massa óssea em adamantium. Ter-te a meu lado faz-me sentir livre e consciente. Lembra-me que a impossibilidade é um conceito e não uma definição. Lembra-me quem sou e o que quero. Ter-te ao meu lado torna-me superior.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Citação

Diz-se que nao há efeito sem causa nem causa sem efeito, parecendo portanto que as relações entre uma coisa e outra deverão ser em cada momento, não só patentes, mas compreensíveis em todos os seus aspectos, quer consequentes quer subconsequentes.


José Saramago, Caim

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O reavivar deste blog (talvez?)

Tornou-se difícil, com o decorrer da minha vida, vir aqui largar floreados de escrita, talvez porque perdi o encanto pelas palavras que sempre senti, talvez porque perdi o toque de Midas de qualquer amante da escrita de transformar as palavras em melodias de sensação... Não sei. Sei que tentei vezes infinitas escrevinhar qualquer pedaço de pensamento que me pudesse surgir neste espaço e de todas essas vezes dei por mim de mãos poisadas sobre o teclado e de olhos presos neste espaço branco, que deixei sempre tão vazio quanto ficava o meu pensamento. As palavras que eu tinha como calores no peito e orgasmos mentais vieram-se a transformar em meros conjuntos de letras, que soltas são nada mais que sons monossilábicos. O processo de deixar fluir o ritmo da minha escrita automática, que era pura e simplesmente o meu pensar viajado desde o cérebro até à ponta dos dedos, a passar pelo coração só para trocar de avião, tornou-se impossível. A viagem foi afectada por uma série de más condições climatéricas que a tornaram inconcebível. Contudo, aqui estou eu hoje. Pela primeira vez em largos meses, pondo aqui os meus pensamentos tal como me passam pela ideia. Pensando bem, é algo até bastante tresloucado transformar o que pensamos em escrita. Assemelha-se um pouco a ter uma conversa connosco mesmos, atitude que raramente é tomada como sã. Gostava de entender que se passou, pelo caminho do viver, para perder a escrita. Ou, pelo menos, a capacidade de a criar. Deve ter sido apenas mais um muro que encontrei no meio do caminho e que demorei a descobrir como ultrapassar. Mas creio ter ultrapassado. Será? Significará isto que voltei a ganhar sentido? Que, aos poucos, vou conseguir ver novamente beleza e valor nas palavras? Ou apenas que me conformei com o facto de significarem o que as pessoas quiserem que signifique? Quiçá acabei por aceitar que são o que são, letras ordenadas logicamente e de acordo com a nossa língua, que para mim são gritos, calafrios, gargalhadas, arrepios, e para outrém são meras letras ordenadas logicamente e de acordo com a nossa língua. Enfim, desconheço o que terá acontecido, mas reconheço que por breves momentos voltei a sentir o escrever. Embora não tão cornucópico quanto o sentia ser, ainda está cá, gritando baixinho. Ouvi-o agora, por breves, breves momentos. Será que o vou ouvir de novo?