terça-feira, 5 de maio de 2009

Prisão mental

Estou presa na incerteza
da certeza do que é incerto.
Mas não estou incerta,
nem perto!
Apenas presa, com a porta aberta
para o orgasmo da certeza.

Aberta ela está,
não há como o recusar.
Será que deva, será sequer
que a quero atravessar?

Medito e pondero,
como quem o faz sem certeza,
Será que deva, será que quero?!
Estará lá tudo o que eu espero?
Que espero eu, afinal?
Paz de espírito? Leveza?
Paixão? Prazer carnal?
Amor? Ódio?
Confusão? Certeza?!

Ora! Não estou incerta!
Mas o que será
que aquela porta oferta?
Será que a quero atravessar?
Fará mal?!
Que mal fará?
Morte? Dor?
Sofrimento? Horror?

Que será aquela porta, que será?
Eu sei o que é, acho que estou certa.
Estarei certa? Será?
Ela está aberta. Quem a atravessará?

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