domingo, 9 de agosto de 2009

Bajofondo . Cristal

Um das minhas recentes paixões musicais. Nada é mais bonito do que as infinitas sensações que as músicas destes artistas provocam num corpo.

Divago pelas horas mortas de uma noite calma. O tempo corre sem se dar por ele, sempre discreto, sempre no seu canto. Vejo numa canção todo um momento, toda uma situação, toda uma vida... Cada instrumento é um sorriso, uma lágrima, um grito ou uma gargalhada. Cada alteração de tom é um abraço, um adeus, um beijo. A vida corre como as horas, discreta, sem deixar que demos por ela. Cada dia é um novo aprender, um novo sentir, um novo pensar. Somos um acumular de experiências que ela nos proporciona. Sinto que esta canção poderia ser uma banda sonora do meu viver. Sinto que dançá-la seria como fazer uma peça de teatro, onde a personagem principal sou eu e o enredo são todos os acontecimentos que me fizeram e fazem ser o que sou e como sou. E a vida é efémera. Estamos aqui, actores desta peça em constante improviso. Não pensamos no frágil que é a nossa existência, no quão pouco nos é garantida. Existimos hoje, amanhã podemos não existir. A vida é efémera. A vida é frágil. A vida é Cristal.

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