terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Mas qual é a necessidade afinal?

Mas qual é a necessidade de adulterar, contornar, mentir, eufemizar, jogar... Porque raio é que as pessoas vivem em constante infidelidade consigo mesmas? Para onde foi a capacidade de ser real, de ser honesto, de ser directo e de confrontar? Como é que tão bruscamente dou por mim a ganhar noção de que ninguém é verdadeiro e de que eu era apenas mais uma uva no meio de uma vinha? De que eu era apenas um outro exemplo de alguém que corre sempre para o lado oposto do ser genuíno, que foge sempre do ser frontal? Já fui farinha do mesmo saco, mas abstenho-me desse conjunto. Sou da farinha que transbordou. Qual a necessidade de usar mesquinhez para atingir objectivos dentro do meio social? Que raio de animais somos nós afinal? Tão impuros, tão vazios, tão opacos, tão pouco individuais, tão pouco originais, tão nada... Racionalidade, mas pouca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário