quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sempre que encontro as respostas...

...a vida muda-me as perguntas. Porque é assim que ela funciona. É assim que mantêm o meu corpo em funcionamento. É assim que masturba o meu cérebro. Se não o fizesse cairíamos todos num mundo letárgico e parado, onde segundos são horas e horas são dias. Tudo existiria em transe... Em câmara lenta... Viveríamos em reticências e frases pausadas. Mas a vida não nos deixa. Obriga-nos a fazer escolhas a cada situação, cada hora, cada momento. Desde os mais importantes aos mais banais. Ela salva-nos de uma dificuldade de respiração, de movimento e de pensamento. Não nos deixa nunca sem perguntas. São as perguntas que nos mantêm vivos. Até quando dormimos, ela nos impede de cair no escuro e inexistente, obrigando o nosso subconsciente a tomar as rédeas. Ela obriga a nossa respiração, o bater do nosso coração, o fechar das pálpebras oculares. Controla-nos... Ajuda-nos a ser. Não temos controlo sobre a vida. E quem pensa que o suicídio é controlo, é parvo. O nosso corpo não perde a vida. As partículas que o constituem acabarão por existir noutro algo. Seja numa larva, num grão de terra, nas raízes de uma árvore. A vida existe em nós e controla-nos. Faz-nos viver, faz-nos sentir, faz-nos decidir, pensar e amar. A vida é tudo o que existe em nosso redor. A vida és tu, sou eu, é ele e é o outro. Todos somos vida, tudo é vida. Somos uns aos outros. E agora que encontro esta resposta... ela põe-me outra pergunta: "De onde proveio a vida?"

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